A Congregação Cristã no Brasil foi fundada em 20 abril de 1910, pelo italiano Louis Francescon, na cidade de Santo Antonio da Platina, no Estado do Paraná, Brasil. O nascimento de Francescon deu-se em 29 de março de 1866, em Cavasso Nuovo, Província de Udine – Itália, e sua morte em 07 de setembro de 1964, na cidade de Oak Park, Illinois – Estados Unidos.
Tendo imigrado para os E.U. A em 03-03-1890, Francescon filiou-se à Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, onde foi eleito diácono e posteriormente ancião. Separou-se da igreja por ter tido uma “revelação divina” de que o batismo desta estava errado. Vem para o Brasil e funda a seita no Paraná, e em fins de junho do mesmo ano vem a São Paulo, e batiza 20 pessoas oriundas de denominações evangélicas e alguns católicos. Em 1943 é publicada a primeira edição em português do hinário de uso exclusivo da CCB – “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, até então só se cantava em italiano.
Francescon antes de falecer abriu trabalhos na Argentina e nos Estados Unidos, que com o tempo se transformaram em denominações evangélicas. Na Argentina o trabalho de Francescon foi incorporado à Igreja Cristã Pentecostal da Argentina, e nos Estados Unidos uniram-se as Assembléias de Deus Pentecostais Italianas formando assim uma nova denominação evangélica – a Igreja Cristã da América do Norte. O que aconteceu nesses países infelizmente não foi o que aconteceu no Brasil. Com sede na cidade de São Paulo, a CCB apresenta doutrinas seriamente questionáveis, verdadeiras heresias mantidas em prejuízo da integridade do evangelho.
Para não incidirmos em erros, nada melhor do que recorrermos à ajuda das quatro operações de matemática que são: 1) adição; 2) subtração; 3) multiplicação; 4) divisão. Para provar que a CCB é uma seita. Esperamos que as provas apresentadas nos levem a dar a resposta para a pergunta que é o título deste artigo.
Por longo tempo, nas minhas palestras, em defesa da fé, sempre tive receio de responder aos que me interrogavam, é a CCB uma seita entre as demais igrejas evangélicas? Minha resposta, dada com muito cuidado, era que não. Tratava-se antes de uma igreja que seria mais bem caracterizada como ‘igreja de doutrinas controvertidas’. Não queríamos taxá-la de ‘seitaria’ muito embora tivéssemos conhecimento de que esse era o tratamento dispensado pela irmandade e liderança da CCB aos evangélicos em geral.
Hoje, entretanto, diante de pesquisas mais profundas realizadas com a descoberta de que a CCB tem dois corpos doutrinários: 1) ao alcance de todos; 2) secreto, exclusivo da liderança e conhecidos pelo título de Listas Secretas. Com vistas a tais documentos, não me restou alternativa senão qualificar a CCB como um movimento sectário entre as igrejas evangélicas do Brasil.
Como é sabido a CCB não usa literatura alguma para expor com mais clareza seus pontos doutrinários, com uma pequena exceção, nas publicações periódicas dos conhecidos “PONTOS DE FÉ UMA VEZ ENTREGUE AOS SANTOS”. Esta publicação é resumida com menos de 10 páginas, se tanto, de modo que resumidamente alteram seus pontos doutrinários e são esses pequenos livretes que chegam às mãos dos cooperadores de vários níveis, como obreiros, anciãos e diáconos.
O que eu não sabia, veio-me às mãos por intermédio de pessoas da própria CCB através da internet dentro do site da própria irmandade. Em troca de opiniões sobre pontos da fé entre a irmandade, alguns deles revelavam aos leitores que os artigos de fé constantes dos hinários, traziam à irmandade conhecimentos de pontos doutrinários comuns com outras igrejas evangélicas, baseado nos quais, ninguém poderia acusar a CCB de doutrinas heréticas. Entretanto, corria entre os líderes uma circulação de doutrinas secretas que não era do conhecimento da irmandade e que era divulgada como ‘revelação’ dada por Deus em cultos normais nos templos. Ora, qualquer pessoa afeita à convivência com a irmandade da CCB ouve uma forma de doutrinas que não constam dos artigos de fé impressos nos hinários. Debate-se com um obreiro da CCB e ele de argumentos que não estão apoiados pelo seu ‘credo’. Essas doutrinas secretas são guardadas a sete chaves.
Confira trecho da circular pelos anciãos da CCB onde é proibido aos profetas- pregadores pregar confirmação de casamento:
“Não nos envolvamos em casamentos, de modo a dizer na pregação que o Senhor “preparou para ti este irmão” ou “preparou para ti esta irmã”. Um pregador, em sua precipitação, até mencionou o nome da jovem, dizendo-lhe que determinado irmão era preparado por Deus para ela. Ela não amava o rapaz, mas casou-se por temor a pregação. Arruinou-se o casamento e o pregador caiu em descrédito. Casamento é obra de Deus nos corações dos interessados que, sem dúvida alguma, devem sentir amor recíproco para se unirem em matrimônio. É assunto entre os dois e Deus.”¹ (Trecho da circular de abril de 2007 elaborada pelo Ministério Oficial da CCB).
O fato interessante a se destacar é a falsidade e dissimulação desses anciãos, ao se referirem a “um pregador que em sua precipitação citou até o nome da jovem e do irmão, e depois quando o casamento faliu o pregador caiu no descrédito”, como se fosse apenas um caso isolado. O que na verdade tem ocorrido é que a situação se tornou tão habitual e comum entre eles, inclusive com os próprios anciãos, que se revolveu acabar com esse estilo de ‘direção’ para casamentos.
Imagine, a CCB comemorou cem anos de fundação no Brasil, tendo sido fundada em 1910. Em 2010 foi comemorado o centésimo ano de fundação. O que isso significa? Revela que por 97 anos (1910 + 97= 2007) deixaram que esses fatos se repetissem, sem qualquer providência. Só agora em abril de 2007 é que expediram essa circular. Isto significa que por 97 anos vêm recebendo orientações ‘proféticas’ que não tem origem divina, senão humana, quiçá diabólica, mas recebida como se fosse de origem divina. Uma igreja que se diz receber a direção do Espírito Santo pode tanto tempo viver no erro profético? O que registra a Bíblia sobre grave problema?
(Jeremias 14:14) – “E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.”
ISTO POSTO, partindo do princípio segundo o qual a CCB é uma seita, enquanto se referiam às igrejas evangélicas como ‘sectários’, tal atitude revela hipocrisia religiosa, condenada por Jesus em seus dias quanto aos líderes religiosos. (Mateus 15:7) –“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: (Mateus 15:8) – Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. (Mateus 15:9) – Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. “Lamentamos pelos nossos irmãos que foram ludibriados por falsas profecias como se viessem do próprio Deus, quando não passavam de ‘profetadas’ de homens.
(Jeremias 23:21) –“Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram.”
A ausência do estudo sistemático da Bíblia leva a liderança da CCB em suas Listas Secretas, escrever verdadeiras heresias, imagine se tem base bíblica a divisão que fazem da lei de Moisés.
“No velho concerto havia três leis: Civil, Moral e Cerimonial, e por suprema autoridade o sumo sacerdote. Os fiéis em Cristo, chamados a testemunhar o Evangelho a todas as nações têm que reconhecer autoridades e leis civis de qualquer nação. “Não há lei, nem autoridade senão da parte de Deus”,” “… A lei cerimonial com as suas ordenanças foi cumprida com a oferta pura do Cordeiro de Deus…” (“REUNIÃO DOS IRMÃOS ANCIÃES, DIÁCONOS, COOPERADORES DO OFÍCIO MINISTERIAL E ADMINISTRAÇÃO, REALIZADA NA CASA DE ORAÇÃO DO BRÁS, EM SÃO PAULO, NA RUA URUGUAIANA, 163 NOS DIAS 25, 26 E 27 DE MARÇO DE 1948)”.
COMENTÁRIO: Essa divisão da lei é espúria. Não havia divisão da lei. A lei de Moisés consistia de 613 mandamentos constantes dos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, também chamado O Pentateuco. Para alcançar a justificação pela guarda da lei, tornava-se obrigatório cumprir todos os 613 mandamentos. Isto é o que lemos em (Gálatas 3:10) – “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” Naturalmente, ninguém conseguiu obter justificação pelas obras da lei. (Gálatas 3:11) – “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.”.
Logo não havia três leis chamadas de lei civil, lei moral e lei cerimonial. Jamais qualquer leitor da Bíblia encontrará qualquer expressão da lei com essa divisão.
Os próprios adventistas do sétimo dia que procuram fazer distinção entre leis ensinando que a Lei Moral abrange apenas aos 10 mandamentos; e que, a Lei Cerimonial, abrange o resta livro da lei de Moisés, escrito Moisés. Entretanto, reconhecem que essa divisão é espúria ou artificial
Dizem eles: “Seria útil classificarmos as leis do Velho testamento em várias categorias: 1. Lei Moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos e Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é em parte artificial.”² (Lições da Escola Sabatina, Lição nº 2, p. 18, de 8-1-1980) (o grifo é nosso).
Hoje vivemos sob a graça trazida por Jesus: (Romanos 6:14) – “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. (Romanos 6:15) – Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. (Romanos 6:16) – Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? (Romanos 6:17) – Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. (Romanos 6:18) – E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.”
Vivemos sob a graça ou sob a nova aliança inaugurada por Jesus. Isto é visto quando celebramos a Ceia do Senhor: (Mateus 26:26) – “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
(“Mateus 26:27) – E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos; (Mateus 26:28) – Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.”.
Jesus selou a nova aliança com o seu sangue. Logo vivemos sob a lei de Cristo: (I Coríntios 9:19) – “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. (I Coríntios 9:20) – E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. (I Coríntios 9:21) – Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.” Paulo declarava estar debaixo da lei de Cristo, como todos os cristãos se colocam.”.
A CCB se encontra acomodada na sua forma de crer sem se importar se o creem têm base bíblica ou não. Mas, também, como saber, se desprezam o estudo da Bíblia? Vejamos como explicam sua passividade religiosa:
“AOS CRENTES
A palavra de Deus ensinada à Sua Igreja não é para ser discutida, porém obedecida; só assim se honra ao Senhor.”
COMENTÁRIO: Quer dizer que o membro da CCB deve aceitar passivamente tudo quanto lhe é ditado pelos anciãos em reuniões secretas e depois lhes comunicado através de pregações tidas como ‘revelações’ de Deus. Se o apóstolo Paulo fosse vivo hoje não poderia ser membro da CCB, pois o apóstolo era homem combativo e declara em sua carta (Filipenses 1:17) – “Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho.” Ia às sinagogas, às praças públicas para discutir sua fé com os opositores. (Atos 17:2) – “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, (Atos 17:3) – Expondo e demonstrando que convinha que Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” Nesse mesmo capítulo 17 de Atos lemos adiante que Paulo chegou à Bereia e é dito deles que foram mais nobres do que os de Tessalônica. Em que aspecto? (Atos 17:10) – E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. (Atos 17:11) – “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. (Atos 17:12) – De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens.”.
Pode alguém da irmandade examinar se o que vem do púlpito é realmente procedente de Deus? Não. Não lhe é dada a oportunidade de analisar. Só lhe resta uma alternativa: obedecer.
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Fonte: CCB – uma seita pentecostal - CACP - Ministério Apologético